Mistério CINCO - A morte
Restos das estátuas de Tutankhamon e esposa
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A valiosa múmia de Tutankhamon. No detalhe, a fratura em um osso da perna esquerda do faraó
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As circunstâncias da morte de Tutankhamon vêm, há quase um século, despertando intensa polêmica. Porque ele morreu tão jovem? E, aparentemente, de forma tão repentina? As pistas mais recentes questionam a tese comumente aceita, de que o Rei-Menino foi vítima de assassinato. Há indícios de que sua morte pode ter sido resultado de um trágico acidente, de conseqüências irremediavelmente agravadas por malária. Diferentes linhagens do parasita Plasmodium falciparum, transmissor da doença, foram encontrados no DNA do Rei-Menino.
O encadeamento dos fatos foi estabelecido a partir da análise das imagens de uma tomografia computadorizada, que mostram a fratura em um osso da perna esquerda do Faraó – rompimento que pode ter acontecido imediatamente antes de sua morte. A nova tese é, portanto, de que a fratura teria gerado uma infecção importante – ou até mais de uma. Enfraquecido, Tutankhamon virou presa fácil da malária.
Também concentra a atenção dos pesquisadores a hipótese de que o Soberano egípcio tenha sofrido um sério distúrbio orgânico – talvez até um problema vascular no cérebro –, facilitador do episódio que danificou-lhe a perna. Há, claro, várias outras explicações possíveis para a morte do jovem Faraó. Tutankhamon tinha um defeito importante no pé esquerdo (faltavam-lhe certos ossos), e necessitava de uma bengala para se locomover. Vários desses bastões foram encontrados em seu túmulo
Teria o manco Tutankhamon sucumbido em alguma batalha, ou em um acidente de caça ocorrido, talvez, longe de casa (e do socorro)? Alguns egiptólogos mantém-se entrincheirados em uma posição ditada por evidências: a cavidade encontrada no tórax do Rei-Menino, e suas costelas quebradas. Segundo esses pesquisadores, o jovem Tutankhamon, sem grande agilidade para locomover-se, foi atropelado por uma carruagem.
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